Embora a Páscoa já tenha passado
faz um tempinho, estive pensando nas coisas que as pessoas deixam de fazer na
quaresma em “penitência” por seus pecados, ou nos evangélicos que não consomem
álcool, cada religião proíbe alguma coisa que considera um “pecado”, mas o que
é pecado hoje em dia? O que é pecado pra você?
É pecado beber uma cervejinha com
os amigos, dar risada, relaxar? É pecado transar com um cara (ou mina) que você
acabou de conhecer? Ainda mais se você for maior (bem maior no meu caso) de 18
anos e os dois estão a fim? Não, pra mim nada disso é pecado, nada do que você
faça pelo seu prazer e que não interfira na vida de ninguém pra mim é pecado.
Fico pensando, se Jesus realmente existiu (me desculpem os religiosos de
plantão, mas eu ainda tenho dúvidas), ou, melhor dizendo, se realmente existe
Deus, Jesus ou o nome que for, acho que a única coisa que ele espera de nós e
que nós nos amemos ou no mínimo que haja respeito entre os seres humanos.
De uma maneira geral acho que eu
considero pecado apenas uma coisa: o egoísmo, porque pensa bem, se cada ser
humano fosse um pouquinho menos egoísta, se cada ser humano parasse por um
minuto pra pensar em não fazer para o próximo o que não gostaria que fizessem
para si próprio ou ainda se cada um de nós FIZESSE pelo próximo aquilo que
gostaria de receber para si, o mundo seria um lugar muito mais agradável.
E nem precisamos pensar em
grandes realizações não, vamos pensar naquelas pequenas atitudes do dia a dia, esperar
as pessoas saírem do metrô antes de entrar, dar lugar para um idoso sentar,
mesmo que você não esteja no lugar preferencial, porque um senhor de 70 anos
com certeza já trabalhou muito mais do que você com 20, 30 ou 40 anos, reservar
um pouquinho do seu tempo pra ajudar sua mãe, seu pai, seu filho, porque
ninguém dura pra sempre e ninguém sabe o dia de amanhã...
Sábado passado eu entrei na loja
Marabraz do Shopping Central Plaza (faço questão de dizer o nome da loja e o
lugar!) com a minha mãe porque ela queria ver um guarda-roupa, não sei se ela
não reparou que havia um monte de guarda-roupas a nossa volta ou se ela queria
perguntar alguma outra coisa para o vendedor, mas sei que ela virou pra ele e
falou: “e guarda-roupa...” o vendedor “Saraivinha” nem deixou ela terminar de
falar e respondeu: “guarda-roupa tem aí, olha aí quanto guarda-roupa, a senhora
não está vendo?!”. Aiiiii que ódio! Eu não falei nada pra não ser tão mal
educada quanto ele, apenas peguei minha mãe pelo braço e falei, vamos sair
daqui porque nessa loja você não vai comprar nada!
Mas tai um bom exemplo de egoísmo,
se ele estava bravo porque estava trabalhando de sábado, se ele estava de
ressaca, se tinha brigado com a namorada, com o chefe, seja lá o que tenha
acontecido, o cliente não tem nada a ver com isso. Tenho certeza de que ele não
gostaria de ser tratado assim e muito menos que tratassem a mãe dele assim.
Sabe, eu não tenho religião e nem
sei se acredito em Deus como eu já disse, mas respeito a escolha das pessoas
por qualquer religião que seja, só acho que não é de religião que o mundo
precisa, o mundo precisa de atitudes ou como já diria o poeta o mundo precisa
de gentileza, de que adianta ir a Igreja todos os domingos e não praticar nada
dessas coisas que muito ateu faz naturalmente?!