segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Brasil Morreu! *

Sério, acabou, não tem mais jeito, fecha a conta e passa a régua!

Um país cuja uma nação não é capaz de levar a vida com a leveza contida numa ironia, que não é capaz de rir de si mesmo, que não entende o significado de uma piada e ainda vê maldade em tudo, não pode ter futuro. Não há como! Imagine todo mundo carrancudo vivendo seu dia a dia? Seria insuportável! Porque A Vida é Bela, por exemplo, é um filme brilhante? Porque não foi feito no Brasil senão teria sido duramente criticado... Porque não há melhor maneira de viver uma tragédia do que fazendo dela uma piada!

Mas porque isso agora? Em resposta as críticas ridículas a uma PI-A-DA feita pelo ator Alexandre Nero ao postar uma foto dele criança sentando nas costas de uma cabra. Pelamordedeus, foi uma piada! É óbvio que ele não pratica zoofilia e que ele não incentiva tal prática, ele só quis tornar pública uma piada que ele faria com um amigo, molecagem, ironia, leveza, tudo o que o nosso povo não sabe mais o que é! Ah, mas as pessoas não tem direito de não gostar da piada? Claro que tem! Mas não gostar da piada, entendendo que o que foi dito é uma piada, é uma coisa, massacrar o cara como se o que ele tivesse dito fosse sério é outra coisa bem diferente.

Outro dia estava vendo aquele programa The Voice e tinha uma cantora deficiente visual (jamais diga cega, a ditadura do politicamente correto não permite!), enfim, como eles dizem que praticam audições às cegas e era o segundo participante deficiente visual dessa edição do programa, eu pensei: “a Globo tá levando bem a sério esse negócio de audições às cegas!”, eu pensei, mas não tive coragem de publicar em lugar nenhum (a que ponto chegamos!) , era uma piada, uma ironia, um trocadilho com o mote do programa, você pode até não achar, mas eu achei engraçado, mas as pessoas iriam dizer que a deficiência visual é uma coisa muito séria, que as pessoas sofrem muito por isso, blá, blá, blá.... eu sei de tudo isso, tanto sei que eu sempre procuro ajudar quando possível, cegos, cadeirantes, idosos, etc, eu pratico o bem no meu dia a dia e repudio quem não faça o mesmo, não consigo ver um cego querendo atravessar uma rua e não me oferecer pra ajudar, por exemplo, mas sou capaz de fazer uma piada disso, ahhhh eu sou mesmo um monstro!

Meu conselho para uma vida mais leve, antes de postar, ou concordar com uma critica dura feita em alguma situação como essa, pense, mas pense bem, se você nunca, eu disse NUNCA, fez alguma piadinha semelhante junto aos seus amigos numa situação de lazer e pense também, reflita, se isso te tornou uma pessoa ruim. Agora, cara, se você não é capaz de tirar um sarrinho de nada, de nadinha mesmo, vai se tratar, pelo bem da humanidade!

Enfim, eu só tenho mais uma coisa a dizer:

Estudos revelam que pessoas bem humoradas são mais inteligentes: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/06/27/946492/pessoas-engracadas-so-mais-inteligentes-revela-estudo.html, tire suas próprias conclusões!

“...o humor tem a admirável função de deixar a vida mais leve e amenizar climas tensos. Há registros de que até os prisioneiros dos campos de concentração tiravam sarro dos nazistas. Afinal, quando algo de ruim acontece, nada melhor do que uma piada, certo?” – Fonte: Revista Super Interessante, Maio de 2009, link: http://super.abril.com.br/cultura/voce-ri-619365.shtml

*Aviso: Isso foi uma observação irônica, não haverá velório nem enterro!


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Classe "Mérdia"

Como eu já disse anteriormente eu não manjo nada de política, apesar de gostar sei que ainda tenho muito a aprender e confesso que não o faço por pura preguiça, mas sendo formada, pós graduada e curiosa como sou, acredito que tenha o mínimo de discernimento para formar alguma opinião a respeito do assunto.

Muito se tem falado ultimamente sobre a elite, já até escrevi sobre isso, sobre essa separação ridícula entre pobres e ricos, mas esse, para mim, é um assunto que nunca se esgota, especialmente agora, com o resultado das eleições, tenho lido muitas coisas bizarras e absurdas do tipo: os empresários estão reclamando da carga tributária porque não querem que 0,45 centavos sejam destinados ao bolsa família, os ricos não estão nem aí para os pobres, o que eles querem é beber champanhe e viajar para Paris, entre outras coisas muito mais ridículas, e aí eu fico aqui como uma formiguinha no meio de um monte de elefantes querendo ser ouvida, gritando: ei, eu tô aqui!

Sim, estamos aqui, a classe "merdia", como diria meu saudoso e muito perspicaz pai, pode ser realmente que a vida esteja muito boa para quem tem muita, mas muita grana, para os ricos de verdade, pode ser realmente que eles não estejam nem aí para a miséria do país, até mesmo porque eles podem se mudar do país a qualquer momento e no final realmente não são eles que pagam a conta, quem realmente paga essa conta e sempre pagou nesse país somos nós, aqueles que não tem direito ao tal bolsa família ou subsídio nenhum do governo porque ganham a imensa fortuna de 2000, 2500 reais por mês, e com essa fortuna nós temos que pagar o aluguel, comprar comida, pagar a conta de luz, impostos, e, ah uma escola particular para os nossos filhos porque não temos coragem de deixar a criança nas mãos de uma escola pública.

Ah, não terminei ainda, essa pessoa tem carro também, mas só usa de final de semana pra economizar, então durante a semana essa pessoa pega ônibus e metrô lotados e quando reclama da falta de educação das pessoas a sua volta ainda sofre preconceito, por se vestir bem e ter cara de "Patricinha" / "Mauricinho" as pessoas pensam que ela não está acostumada a usar o transporte público, sim, temos que aguentar mais essa. Pensa que é só? Não, eu ainda não acabei, essa pessoa ainda tem que dar um jeito de pagar um seguro e colocar um insulfilm no seu carro porque a qualquer momento pode vir uma "vítima da sociedade" e assaltá-la, levando tudo aquilo que ela conquistou com trabalho e honestidade.

Fácil né? Não, mas eu não tenho direito de dizer nada disso. Alguns adeptos do socialismo esquerdopata que tomou conta do nosso país vão dizer que eu estou errada, que eu não gosto de pobre, que eu não sei o que é ser miserável, não, felizmente, realmente não sei o que é ser miserável, mas sei o que é ser mágica, o que já é bem difícil. Não sou contra programas sociais, acredito que muitas pessoas na extrema pobreza realmente precisem de uma ajuda pra começar uma vida digna, mas sou totalmente contra a dependência das pessoas a esses programas, e se essa dependência só cresce ao invés de diminuir é porque tem alguma coisa muito errada! 

Enfim, não sou rica, não sou elite, sou branca mas estudei a vida toda em escola pública, como muitos outros brancos, e por isso sou totalmente contra cotas por raça, porque aliás, racista é quem classifica as pessoas dessa forma, negros, brancos, japoneses, gays, lésbicas, evangélicos, católicos, umbandistas, somos todos iguais e a única coisa que eu quero é um governo, um país, um povo que não me rotule, que não pregue o ódio entre as pessoas! 

Aliás, cuidado com o seu ódio porque a próxima vítima dele pode ser você! 



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Amor que não se mede...

Não me lembro exatamente quando, nem como o nosso amor começou, meu pai era palmeirense mas nunca foi um torcedor fanático, nunca me levou ao estádio, bom, na realidade ele não me levava por eu ser mulher, ele morria de medo, não queria nem que eu comprasse uma camisa do time, tinha medo de brigas, dessa ignorância que infelizmente existe muito por aí, mas eu não me aguentei, a paixão pelo Verdão falou mais alto, e na minha adolescência consegui juntar um dinheirinho aqui, outro ali e um belo dia fui ao shopping escondida e comprei minha primeira camisa, linda, da era Parmalat. A camisa era número 9, do Evair (apesar da minha paixão pelo Edmundo!) e hoje está autografada pelo grande zagueiro (grande mesmo...rsrs..) Cléber.


Na realidade meu pai era um pouco machista, filho de italianos, de outra geração, enfim, acho que ele não acreditava que uma menina, uma mulher, pudesse gostar tanto de futebol, mas foi surpreendido por uma garota mais apaixonada do que o irmão. Me lembro de quando o Palmeiras foi rebaixado pela primeira vez, eu acreditei até o fim e ficava muito brava quando ele que, já prevendo meu sofrimento futuro, tentava a qualquer custo me fazer enxergar o inevitável.

Já sofri muito pelo Palestra, é verdade, mas também já tive muitas alegrias. Tive a sorte de viver a era Parmalat, de ficar encantada com nosso “dream team”, já torci muito pela garra do Edmundo (Animal!), pelo talento do Evair, pela irreverência do Amaral, grande Amaral. Tive a sorte de ver o Marcão jogar e virar santo pegando tantos pênaltis. Comemorei a última conquista da Copa do Brasil, em 2012 (viu, nem faz tanto tempo!) na Paulista, mesmo sabendo que tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Já fiquei com a pressão alta vendo jogo, fui ao Pacaembu me despedir de São Marcos, etc.


É tanto amor pelo Palmeiras que quando eu vejo alguém com a camisa do Verdão na rua eu tenho vontade de cumprimentar a pessoa como se ela fosse da família, e nesse momento, confesso que eu também tenho vontade de abraçá-la e dizer: tamô junto!

Enfim, esse post é pra comemorar o centésimo aniversário do Palmeiras, é claro que eu gostaria de comemorar essa data numa situação melhor, mas de qualquer forma estamos falando de 100 anos de história, de lutas e de glórias, estamos falando da equipe brasileira com o maior número de títulos de abrangência nacional conquistados, sendo o único a vencer todas as competições oficiais criadas no país que disputou. E isso é história, isso jamais se perderá!

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível” - Joelmir Beting.

Parabéns meu Verdão!

Palmeiras minha vida é você!


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Polícia para quem? Para mim, para você, para todos!

Acabei de ver uma notícia na TV que me fez pensar mais uma vez numa coisa que eu venho pensando já há algum tempo, onde foi parar a nossa educação? 

No caso em questão uma PM disparou contra um senhor que, segundo testemunhas, estava apenas pedindo calma, de acordo com a PM ela não tinha a intenção de atirar no senhor, foi um acidente e eu acredito, sabe porque eu acredito? Porque nesse mesmo vídeo podemos ver uma imensa confusão de pessoas atrapalhando o trabalho da polícia, e, pasmem, uma garota dando um chute, sim, um chute na PM. Gente, o que é isso? Pensem, então você, profissional de qualquer outra área, um bancário, por exemplo, está lá fazendo seu trabalho e uma pessoa chega e te agride, que mundo é esse em que ninguém mais respeita ninguém? 

Assisto as vezes aquele programa Polícia 24hs e o que pode parecer até engraçado a princípio, é triste se a gente parar pra pensar, as pessoas chamam a polícia por qualquer coisa, brigas de irmãos, briga de marido e mulher, bagunça de molecada, etc, e acham que os policiais tem obrigação de ser psicólogos, e o pior que os caras são, deixam de atender muitas vezes um caso muito mais grave, pra ir lá dizer pro machão que não se bate em mulher. E aí, além das pessoas não saberem mais resolver seus problemas sozinhas ainda ficam criticando a polícia.

A molecada reclama que é parada pela PM e tudo hoje em dia é preconceito, mas vocês já repararam que a moda hoje é se vestir como bandido? É bonito ser maloqueiro, até o Neymar se veste assim. Não é preconceito, eu só não entendo que moda é essa, na minha época (sim, sou velha, e daí?) a gente conseguia distinguir um "maloqueiro" de um moleque "normal", mesmo os dois sendo igualmente pobres, eu estudei em escola pública, sempre andei de ônibus, sei o que estou dizendo, os que não prestavam tinham um linguajar próprio, uma roupa própria, um jeito próprio, e hoje em dia não, a molecada acha que é bonito parecer bandido, falar errado e desrespeitar autoridades, então me desculpem, mas PM não vem com detector de bandidos, enquanto se comportarem assim a PM será obrigada a parar vocês ou isso aqui vai virar um zona maior ainda, não quer ser confundido com um bandido, não se vista nem se comporte como um. E digo mais, quando a polícia parava um moleque ele baixava a cabeça e respeitava a autoridade policial, assim como respeitava os pais, os professores e os mais velhos e hoje ninguém respeita ninguém.

Concordo que tem muita coisa errada na polícia, assim como tem muita coisa errada em qualquer outra área, mas não acredito que seja maioria e sou capaz de me colocar no lugar desses policiais que deixam a família em casa pra ir trabalhar, ganhando tão pouco pra correr todos os riscos que eles correm e ainda aguentar todo esse desrespeito, não sou a favor de sair atirando primeiro e perguntar o nome depois, não é isso, mas defendo o direito de defesa de qualquer cidadão e isso inclui um policial, defendo que toda história tem três lados, antes de sair por aí julgando e generalizando. 

Há quem diga que o problema é que as pessoas perderam a credibilidade no trabalho da PM, mas para mim nessa via de mão dupla quem se perdeu foi o cidadão, mais do que falta de credibilidade, falta mesmo é respeito e educação. E há de chegar um momento em que não teremos mais policiais ou pior, só sobrarão os maus policiais já que os bons não conseguem trabalhar e aí eu te pergunto, isso é interessante para quem? Fácil defender o bandido até mexerem com a sua família, você já parou pra pensar nisso?

terça-feira, 15 de julho de 2014

Danke Deutschland!

Há quem diga que esse negócio de Copa é uma grande bobagem, que o futebol só serve para iludir o povo, pão e circo, aquela coisa toda, e dando graças aos céus por ter acabado, mas eu não vejo assim, eu acho que tem muita coisa que a gente pode aprender também com o futebol, e quanta coisa eu aprendi!

Mas o que mais mexeu comigo foi perceber como podemos nos enganar por enxergar meias verdades ou com os olhos do passado. Me envergonho até de lembrar como eu tenho sido preconceituosa.

Mesmo tendo descendência alemã eu não simpatizava com o povo alemão mesmo sem conhecê-los, pensava que eles eram frios, antipáticos, arrogantes, dizia que preferia meus descendentes italianos por serem mais parecidos com os latinos, como se eu os conhecesse tão bem assim, deles eu também só sei o que eu ouço falar. 

De qualquer forma, o que importa é que a seleção alemã, o povo alemão e todas as informações que eu recebi de quem já esteve na Alemanha e tudo o que eu pesquisei sobre eles me fizeram mudar completamente essa visão e não apenas isso, me fizeram refletir sobre os motivos que me faziam pensar assim e se isso estava certo, afinal, eu estava julgando e condenando todas as novas gerações de alemães pelas barbáries cometidas por um monstro, sim, muitos alemães foram a favor de Hitler, mas muitos foram iludidos por ele também, por um recurso perigosíssimo chamado dominação carismática, do qual muitos políticos ainda se utilizam e muitas pessoas, tristemente, ainda caem, claro que devem ter muitos que podem realmente ser frios, e muitos podem ter preconceito contra negros, por exemplo, uma exclusividade nazista alemã obviamente, só que não! Infelizmente muita gente, em muitas partes do mundo, ainda tem esse preconceito horroroso com relação a cor da pele, inclusive, vi muitas tristes manifestações nesse sentido vindas dos Argentinos, a quem já tanto defendi, mas nem por isso vou rotular e condenar a todos eles de preconceituosos, gente com a mente fechada e o pensamento pequeno não é exclusividade de nenhuma nação.

Enfim, tudo isso me fez pensar, será que é correto colocarmos todos os alemães num mesmo saco e julgá-los todos nazistas? Até quando iremos julgá-los por isso, por um crime que essa geração não cometeu? E o quanto eles também já sofreram com tudo isso, com a guerra, com o muro, com o preconceito das pessoas, será que isso ninguém vê? Como iremos alcançar a tão sonhada paz enquanto pensarmos assim? 

Enquanto estivermos olhando apenas um lado da história e julgando todos da mesma maneira, apontando dedos em riste uns aos outros, jamais teremos paz no mundo! É inadmissível que com tanto acesso a informação que temos hoje ainda fiquemos presos a "pré conceitos" e julgamentos errôneos, nos recusando a dar uma segunda chance a quem merece! 

Pesquisa, informação e tolerância são fundamentais nesse momento, cuidado, amigos, "dominadores" podem ser muito carismáticos e podem estar aonde a gente menos espera!



segunda-feira, 30 de junho de 2014

Geração mi mi mi...

Eu nasci na época da geração Coca-Cola, muita gente pode falar, coitada, que droga, problema seu, mas sinceramente, acho que éramos muito mais feliz do que a geração atual, que no que depender de mim ficará conhecida como a geração mi mi mi!

PQP não sei se são apenas os brasileiros ou se esse fenômeno está ocorrendo no mundo todo, mas me parece que as pessoas estão cada dia mais chatas, falei em geração, mas na realidade tenho reparado que isso atinge pessoas de todas as idades, não importa do que, o importante é reclamar, então resolvi aderir, vou reclamar também, vou reclamar dos que reclamam!

Por exemplo, há quem reclame que hoje em dia as pessoas não sabem se divertir ficam apenas tirando fotos, helloooooo, tirar fotos é a diversão! E agora eu te pergunto, e daí? Porque será que isso incomoda tanto aos que reclamam? Acho uma grande idiotice ficar brigando com a modernidade, ficar preso ao passado, "Ah antigamente as pessoas não tiravam tantas fotos porque sabiam como se divertir", balela, antes das câmeras digitais dava um puta de um trabalho fotografar, além de ser caro, não havia garantia se a foto ficaria boa, ao contrário de hoje em dia que nem de câmeras precisamos mais, já que os celulares cumprem essa função. E tem coisa mais gostosa do que registrar um momento feliz? Você não concorda? Não faça, simples assim! 

Criticam as redes sociais, dizendo que hoje em dia as pessoas expõem suas intimidades para qualquer um, bom, na minha opinião, salvo as crianças, cada um sabe o que faz com a sua intimidade, se a pessoa quer tirar fotos de todas as comidas que cozinham ou comem e postar, ok, se quer avisar a todos os amigos que vai tomar banho, dormir, no cinema, jantar, beleza, vai lá, se isso a faz feliz, aos incomodados restam as opções deixar de seguir ou não entrar na rede social.

Ah, mas em época de Copa a moda é reclamar da torcida! Tem aquela reclamação clássica que muitos falam sempre, "quem não vai em estádios não é torcedor", se esquecem que ir ao estádio não é exatamente um programa tranquilo pra se fazer com a família, gostaria muito que fosse, mas dependendo do jogo sabemos que não é.

A última que inventaram agora é o jeito certo de torcer, "Ah porque a torcida do time xpto é que sabe torcer!", "A torcida do time wxp tem uma música assim!", porra, depois que começaram a inventar essa droga a torcida tá tão preocupada em inventar alguma coisa pra cantar que nem presta mais atenção no jogo. Na realidade essa reclamação também já é antiga, eu já ouvi no estádio, não entendo essa necessidade de ficar cantando alguma coisa o tempo todo, dizem que quem não canta não torce e tem que ficar em casa, mas, eu por exemplo sou descoordenada, ou eu canto ou eu presto atenção na partida, se a partida está tensa demais não consigo fazer os dois ao mesmo tempo, e quem me conhece sabe o quanto eu amo meu Palmeiras, e aí como fica? 

Mas tem mais, não para por aí não, e essa foi a melhor, ouvi a pérola de que as pessoas que estão indo aos estádios para ver os jogos do Brasil são ricas (lá vem a zelite outra vez) e ricos não freqüentam estádios por isso não sabem torcer, OMG!

É tanta, mas tanta gente reclamando de tanta coisa todos os dias que esse assunto daria muito mais que um post, daria um livro de 500 páginas, gente, é sério, parem, isso tá chato, tá muito chato, mi mi mi....

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Leiam como se tivessem 5 anos!

Eu juro que eu queria sair desse assunto, mas $&@!@&$ (para quem nunca leu gibi isso foi um palavrão!) as pessoas postam cada besteira nas redes sociais, ou pior, em jornais, que eu não consigo me conter. Nosso governo vem falar em ódio, que engraçado, os únicos que eu vejo disseminando esse tipo de baboseira são seus partidários.

Mas, independente de partido, vamos esclarecer algumas coisas, leia como se eu estivesse explicando para uma criança de 5 anos, ok? 

- Parem com essas denominações ridículas de coxinha, fascista, reaça, etc, não estamos mais nos anos 60, o ano agora é 2014 e somos todos brasileiros em busca de um país melhor, ok?

- Parem de dizer que não existe branco pobre ou negro rico, ok? Negros ricos, milionários, podem até ser minoria, mas aqui vale lembrar dois pontos, primeiro, se estamos falando em público da Copa não estamos falando apenas em ricos, segundo, está nítido esse generalismo nivelado pelo lado "ruim" da história como se isso fosse culpa dos "brancos" disseminando o ódio entre classes e raças. Esclarecendo, caso vocês não saibam, mas ISSO é segregação racial, ISSO é preconceito! 

- Aliás, tô bem confusa com essa divisão de classes, se o governo se orgulha de ter dado a possibilidade de um "pobre", um trabalhador, comprar um carro, fazer uma viagem internacional ou assistir aos jogos da Copa porque o poder de compra dele aumentou pra caramba (acho que quem disse isso não tem ido muito ao supermercado, mas beleza!), porque vocês ainda classificam a todos os que fazem isso, pejorativamente, de "elite branca"? Me expliquem como se eu tivesse 5 anos por favor!!!

- Como em qualquer lugar do mundo, algumas pessoas são miseráveis, algumas são pobres, algumas são da classe média, algumas são ricas e muito poucas milionárias, mas nem por isso todas elas se odeiam, ok? Algumas pessoas que tem mais dinheiro que as outras trabalharam muito (muito mesmoooo e ainda trabalham!) para isso e desejam o progresso e muitas coisas boas para todos a sua volta, ok?

- O fato de uma pessoa da classe média não querer ir na Fan Fest, por exemplo, não significa que ela não queira se misturar aos "pobres", pode significar apenas que ela tenha medo de ser assaltada, o que também não significa que ela ache que todo pobre é assaltante, ok? Significa que ela mora no Brasil, em São Paulo, conhecem? Aquele país, aquela cidade onde temos um grande número de assaltos todos os dias, independente de ser Copa ou não? 

- O fato de estar dando tudo certo na Copa não anula tudo o que foi feito de errado antes, não anula o fato da saúde pública ainda estar uma porcaria e muito menos nos devolve todo dinheiro desviado para que o evento fosse realizado, ok?

- Assim como o fato de pessoas contra o GOVERNO estarem torcendo e curtindo a Copa não faz delas hipócritas, mesmo porque, como eu já disse em outra ocasião, nem a nossa seleção, nem os gringos e nem nenhuma seleção tem culpa dos nossos problemas, esses nós pretendemos resolver nas urnas!

- O fato de estar dando tudo certo na Copa é muito mais mérito do povo do que de qualquer governo, independente de partido, e disso eu nunca duvidei, porque o brasileiro é assim, a gente gosta de ajudar, de ser simpático, de fazer amigos e não é só porque é Copa, pergunte para qualquer gringo que já esteve aqui em qualquer outra época! Ponto pra nós!

Para fechar, em resumo, o fato de eu estar aqui explicando esse monte de coisas óbvias, significa que há alguma coisa muito, muito errada com esse país e eu, sinceramente, espero que isso se resolva nas próximas eleições, porque eu já tô de saco cheio! #prontofalei




sexta-feira, 13 de junho de 2014

Bem-vindo à Sociedade Feudal Brasil


Minha opinião estava um pouco dividida com relação as vaias e impropérios dirigidos à nossa presidente na abertura da Copa. 

A princípio confesso que, apesar de também tê-la vaiado do barzinho onde eu estava, achei feio mostrar essa imagem para o mundo, pôxa, que mal educados nós somos, não temos respeito algum pela autoridade suprema da nossa nação, mas depois eu me lembrei de toda a corrupção, de toda roubalheira que rolou aí por trás dessa Copa e bem antes dela.  Me lembrei que, pode não ser exatamente ela, mas tantos políticos no Brasil roubam dinheiro do povo, dinheiro que deveria estar sendo usado para salvar vidas em hospitais ou oferecer uma educação melhor nas escolas, ops, vai ver que é isso que nos faz assim tão mal educados, a péssima qualidade do nosso ensino, enfim, o povo está tão cansado que a essa altura realmente a educação foi pras cucuias e aí fica difícil dizer se Tostines vende mais porque está sempre fresquinho ou se está sempre fresquinho porque vende mais!

Bom, mas aí ouço dizer que as vaias vieram da "elite" brasileira, eu não estava lá, não vi quem começou e acho que mesmo para quem estava fique bem difícil ter essa certeza. Mais difícil ainda é definir que quem pagou 900 reais pelo ingresso faça parte da "elite", porque eu ouvi muitas histórias de trabalhadores que economizaram do seu suado dinheirinho para estar lá, até por conta de ser no estádio do Corinthians, essa coisa toda.
Só gostaria de saber quem faz parte dessa "elite" que estão dizendo por aí.  Um empresário, por exemplo, que trabalha honestamente, que paga seus impostos corretamente, que paga seus funcionários em dia e ganha o suficiente pra ter um carrão, fazer ao menos uma viagem internacional por ano e manter seus filhos em escolas particulares pode ser considerado "elite"?

Vamos supor que esse cara seja a "elite", como eu já disse se ele ganha o que tem honestamente, será que ele não tem direito a querer um governo melhor para seu país, para seus filhos, seus netos, seus empregados? Vocês conhecessem toda essa "elite" que estava lá? Sabem de onde eles vieram e o que eles fazem para ajudar o país? Sabem quantas horas por dia eles trabalham para terem o que tem? Acho que só o fato deles pagarem seus impostos já lhes dá o direito a cobrar melhorias e menos corrupção, não? Ou um governo é feito apenas para os pobres? 

Será que não estamos incitando demais a briga entre "pobres" e "ricos"? Até parece que estamos vivendo num regime feudal, nos dividindo entre nobreza e servos da gleba (sim, eu estudo antes de escrever isso!). E o que é pior será que não estamos nos esquecendo que aí no meio entre os ricos (a verdadeira elite e que, pasmem, também tem direito a um bom governo!) e os pobres tem uma massacrada e cansada classe média que tem direito a se manifestar mesmo que através de uma vaia?

Você pode até não concordar com as vaias, mas uma coisa é certa, pobres, classe média, elite, seja o que for, acima de tudo somos todos cidadãos brasileiros e um governo tem que ser para todos! 

#QuemTemBocaVaiaQuemQuiser



quarta-feira, 11 de junho de 2014

#VaiTerCopa

Bom, parece que vai ter Copa! Não posso dizer que eu estou super empolgada com a seleção porque eu estaria mentindo, eu sempre me empolguei mais com meu Verdão, mesmo nos momentos mais difíceis (ok, podem fazer piadinhas, eu não ligo!). De qualquer forma eu tenho um carinho especial pelo Felipão e como eu adoro uma bagunça sei que no final irei torcer e me animar como em todas as Copas!

Eu só gostaria que o fato da Copa ser no Brasil me causasse mais empolgação, mas infelizmente quanto a isso já está mais difícil! Estive hoje na Praça da Sé, fui tentar, pela milésima vez dar entrada no meu seguro desemprego, dessa vez não consegui porque cheguei tarde e as senhas já tinham acabado, porque desempregado tem que madrugar na porta do Poupatempo mesmo sem ter certeza se o sistema que é de TOTAL responsabilidade do Ministério do Trabalho (ou seja do governo federal, aquele do partido dos TRABALHADORES, repito!) estará funcionando! Mas, enfim, isso é assunto para um outro post!

O fato é que havia um monte de gringos por lá hoje, tinha até uma bandinha da polícia civil fazendo um showzinho e os mendigos de sempre, é claro! Em outras épocas talvez eu me empolgasse com tudo isso, tá bonito de ver não vou negar, mas hoje meu sentimento foi de profunda tristeza, me deu uma vontade de chorar olhando tudo isso e pensando até quando viveremos assim? Enganados, ignorantes e sendo ignorados, pra quê tanta mentira, tanta ganância? Será que os políticos não tem dó desse povo? E o povo, será que um dia aprenderemos que somos responsáveis pela construção desse país tanto quanto os políticos? Não é apenas nosso voto que precisa ser consciente, todos os atos do nosso dia a dia precisam ser coerentes com o que esperamos de um político, se você fura uma fila, usa o “jeitinho brasileiro” para conseguir o que quer ou cobra mais caro de um gringo pelos seus produtos só porque é Copa, me desculpe, mas você é igual a eles.

E essas greves no meio da Copa? Sinceramente, eu concordo que a gente tenha que protestar contra a corrupção, contra os gastos abusivos com a Copa, por melhores condições do serviço de saúde, mas fazer greves e manifestações agora, prejudicando o direito a diversão de centenas de gringos que não tem culpa nenhuma dos erros dos nossos governantes, é se igualar aos políticos que só fazem melhorias em época de eleição e isso eu sou contra!

O que eu quero é um país onde todas as pessoas sejam bem informadas, onde todos os eleitores, dos mais pobres aos mais ricos não sejam enganados por falsas promessas e campanhas de marketing, um país onde o povo seja ouvido, onde um povo não precise de “movimentos sociais” pra protestar, um país unido por um único ideal e onde haja mais amor e menos ganância. 

Mas o que eu mais quero hoje é saber que eu faço parte de uma nação de gente bem educada, eu não quero nunca mais ouvir falar em “lei de Gerson” ou “jeitinho brasileiro”, eu quero que os gringos achem as nossas mulheres lindas e sensuais, mas que merecem respeito como qualquer outra. Eu quero que os gringos saibam dos nossos problemas sim e que eles saibam que somos um povo feliz, mas que não estamos dormindo, que sabemos lutar por nossos direitos e acima de tudo que eles se sintam acolhidos, que eles sejam bem vindos e que voltem sempre!

E que venha a Copa! Ou em bom portunhol, que venga la “Cuepa”!



quarta-feira, 14 de maio de 2014

O Ócio!

Tudo ia muito bem, na mesma rotina de sempre, acordava as seis e meia da manhã, tomava meu café, tomava banho, me arrumava e entre sete e meia e oito horas saia de casa, pegava ônibus cheio, metrô lotado, baldeação, baldeação, baldeação e pronto chegava no trabalho, trabalhava, trabalhava, trabalhava, almoçava, baldeação, baldeação, baldeação e pronto voltava pra casa, pra comer, dormir e começar tudo de novo no dia seguinte. 

Mas de repente mexeram no meu queijo, na realidade ainda acho que arrancaram o queijo das minhas mãos injustamente, mas ok, não quero entrar nesse mérito da questão, de qualquer forma agora estou eu em casa, com 24 horas livres só para mim, para fazer o que eu bem entender.

Mas porque é tão difícil fazer o que se tem vontade? Coloco meu relógio para despertar as 9 horas da manhã, porque eu acho que acordar depois das 10 é coisa de vagabundo, e depois, eu tenho muito o que fazer, preciso arrumar a casa, fazer comida, procurar emprego, cuidar da burocracia da vida, o que os outros vão pensar? Que outros, se eu moro sozinha? Nem eu sei. O fato é que todos os dias eu tenho vontade de me sentar ao sol que bate na minha varandinha e simplesmente ler uma revista por alguns minutos ou assistir sessão da tarde ou dormir até a hora que me der vontade de acordar, mas a minha consciência não deixa.

Acho engraçado quando dizem que brasileiro é preguiçoso, que nós temos muitos feriados aqui no Brasil, que só pensamos em nos divertir, porque eu não vejo isso, pelo pouco que eu conheci dos europeus, por exemplo, tenho a impressão de que eles sabem se divertir e relaxar muito mais do que nós, pode reparar que nós até nos divertimos nos feriados, relaxamos (ou fingimos relaxar), mas quando voltamos ao trabalho voltamos com pressa, como se a consciência pesasse porque passamos quatro dias sem fazer nada, ou às vezes o feriado chega e o que fazemos? Faxina, pequenas reformas em casa, saímos para comprar algo que nem sabemos se precisamos, mas nos parece essencial, porque? Porque precisamos nos sentir úteis o tempo todo. Mas será mesmo que precisamos sempre provar alguma coisa a alguém ou simplesmente a nós mesmos?

Está certo, precisamos trabalhar, precisamos ganhar dinheiro para pagar as nossas contas, até mesmo a conta da nossa diversão, mas tudo tem seu tempo, também precisamos aproveitar a vida, enxergar a vida, viver... relaxar de verdade nos nossos momentos de lazer, ter momentos de ócio, deitar na grama de um parque e sentir o sol ameno do outono esquentando a nossa pele sem sentir culpa por isso! Sentar num café e ler um livro num sábado qualquer ou simplesmente apreciar o movimento, ou fazer qualquer outra coisa que se tenha vontade, porque, como diria Raul Seixas, é tudo da lei, desde que não prejudique ao próximo tudo é permitido, tudo é válido, tudo é possível.

E se trabalhar menos e viajar mais é o que você quer, faça! Não quer ter sucesso profissional, apenas dinheiro pra viver sua vida em paz? Faça! Quer se dedicar apenas a família e aos filho? Faça isso! Queria acabar de vez com essa cultura brasileira de que só é feliz e tem sucesso quem tem uma vida de trabalho árduo e semiescravo...

Queria mas agora acho que não vai dar tempo agora porque já são mais de meio-dia e eu ainda não fiz faxina e nem comecei meu almoço. Fui!