segunda-feira, 12 de abril de 2021

 Libertem-se!

    Olha só o que a pandemia não fez, me deu um pouquinho de tempo livre e eu resolvi desenterrar isso aqui, meu bom e velho blog! 

    Acontece que ontem eu assisti a um filme* (com a mesma atriz de O Fabuloso Destino de Amèlie Poulan, Audrey Tautou, que diga-se de passagem é uma atriz espetacular!) onde um rapaz que trabalhava fazendo serviços gerais e manutenção num salão de beleza acaba revelando que tem um currículo muito acima do seu cargo, fala 5 idiomas, trabalhou na Unesco, mas ao ser demitido e ter depressão resolveu que não queria mais um emprego com muita responsabilidade, por isso achou aquele seu emprego atual perfeito. Esse não é o mote principal do filme (olha, ou talvez seja, enfim, vou refletir sobre) mas foi o que mais me tocou.

    Eu me identifico muito com isso, eu trabalhava num grande banco, incialmente no call center onde, sinceramente, apesar de um stress ou outro eu tava de boa, meio período, não ganhava tão mal, ótimos benefícios, mas eu não me sentia bem porque eu achava que sofria preconceito de alguns amigos e da sociedade, como uma mulher de 40 anos, formada e com pós graduação trabalha num call center, não você merece mais, você pode mais, você PRECISA mais...e lá fui eu aceitar a indicação para ser gerente numa agência, de verdade isso nunca foi meu sonho pelo trabalho em si, mas eu gostava da ideia do status, olha que chique, sou gerente do banco X! Não durei um ano no cargo, quase enlouqueci, eu simplesmente odiava aquele trabalho, odiava aquele lugar, odiava minha chefe, odiava todas aquelas pessoas que trabalhavam lá, a única coisa que eu gostava era do contato com os clientes mas do contato do meu jeito, não do jeito que o trabalho exigia, o que o trabalho exigia de mim ia totalmente de encontro aos meus valores, aos meus princípios, e isso me machucava diariamente, por fim, fui demitida, que alívio! 

    Ao sair de lá trabalhei como motorista de aplicativo por um tempo, era cansativo mas ainda era bem melhor do que estar no banco, talvez fosse a sensação que eu estivesse procurando a minha vida toda e que não tinha nada a ver com status, era liberdade, a liberdade de ser eu mesma, como eu sempre disse ao sair do banco, dinheiro nenhum no mundo paga a nossa paz. Hoje eu trabalho com atendimento a clientes via chat, ganho pouco é verdade, preciso buscar alguma coisa mais rentável mas nada muito longe disso, meio período, com algum produto com o qual me identifico e sem grandes responsabilidades.

    Mas porque eu resolvi escrever sobre isso agora? Porque eu ainda sinto esse maldito preconceito da sociedade, cada vez que eu falo pra alguém que eu acabei de conhecer o que eu faço eu tenho que contar essa historinha ilustrativa, e eu vejo que isso não acontece só comigo e não acontece só com relação a vida profissional, e eu me pergunto, até quando iremos pautar a nossa vida pelo que os outros esperam da gente? Acredito que esse seja o primeiro passo para a infelicidade! Vejo gente casada sustentando relacionamentos já mortos pelo simples medo de ficar sozinha ou porque casou-se perante Deus, ahhh Deus, isso é um assunto para um outro textão, mas eu acredito que essa interpretação dos ensinamentos bíblicos é tão incorreta, é dito numa cerimonia de casamento que o que Deus uniu o homem não separa e eu acredito piamente nisso, porém nem sempre a intenção de Deus era de te unir ao seu atual cônjuge, acredito em almas gêmeas, mas sinto informar pode ser que você não esteja casado com a sua e o que Deus mais quer é que você a encontre e seja plenamente feliz! Mas, como eu disse, isso é assunto para um outro texto.

    O fato é, será que não vamos aprender nada nem com essa pandemia? Até quando vamos seguir julgando os outros pelos "valores da sociedade"? "Fulana tem mais de 40 anos e nunca se casou, é uma encalhada". "Ciclana diz que não quer ter filhos, que absurdo". "Beltrano, largou o emprego numa multinacional pra vender pão caseiro, é louco", todo santo dia ouvimos coisas desse tipo, vindas de quem nem sempre é feliz dentro dos padrões, mas se conforma, porque é assim que tem que ser! Não, não é, se Fulano quer vender artesanato na praia, mesmo sendo PHd em economia, e é feliz assim, paga suas contas, vive com menos, mas tá feliz, tudo bem! Já dizia o sábio Raulzito: "faça o que tú queres pois é tudo da lei". É assim que deveria ser, porque vocês acham que todos os dias nos sentimos sobrecarregados, frustrados, tristes, desenvolvendo cada vez mais doenças reais como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, TOC, etc, com enormes vazios incompreensíveis no peito? Porque não estamos dentro dos padrões da sociedade e não conseguimos estar porque simplesmente não nos encaixamos ali, ou porque estamos dentro dos padrões da sociedade espremidos como gatos em caixas de sapato já que aquele ali não é o nosso lugar. 

    Precisamos nos libertar desses padrões, precisamos aceitar que cada um de nós é feliz do seu jeito e que o meu jeito pode não ser igual ao do Fulano, do Beltrano ou do Ciclano, mas tá tudo bem porque somos únicos em nossa essência. É preciso desapegar até de padrões de quem já está fora dos padrões, por exemplo, esses dias assisti um documentário muito bom chamado "I'm" (tem na Netflix, assistam!), foi feito por um famoso diretor de Hollywood que começou justamente a se questionar sobre a vida, tal qual estou fazendo agora, porém ele questionou muito a necessidade da riqueza, dos bens materiais, até porque ele ficou muito rico devido a seus filmes, e ele conta que hoje mora numa espécie de comunidade, uma residência coletiva e só usa a bicicleta como meio de transporte. Bacana, mas isso é o que deu certo pra ele, entende? Ninguém precisa ir morar numa comunidade hippie e andar só de bike pra ser uma pessoa mais desapegada. 

    Sem pretensão nenhuma, porque quem sou para dar conselhos, mas como amiga eu diria, não existem padrões reais na vida, os seus padrões é você quem os define, existe obviamente o bom senso, não acho legal alguém se dizer desapegado do mundo material e viver apenas da caridade do trabalho alheio, mas isso é uma questão de bom senso. Se pra você status é importante e você é feliz com isso, ok! Se você é solteiro mas quer adotar uma criança, ok! Se você é casado mas não quer ter filhos, ok também! Apenas seja feliz, não deixe que ninguém dite as regras da sua vida, procure se autoconhecer, procure a sua essência, de verdade eu acredito que é aí que Deus vive, na essência de cada um de nós por isso quanto mais nos conhecemos mais somos felizes. Aceite-se! E só aceite o que te faz bem!

Libertem-se!

Gi Piu


*O nome do filme é "Uma Doce Mentira" - Prime Vídeo para quem quiser assistir.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Desculpe informar mas o mundo não é só das mulheres!

Hoje o programa Profissão Repórter irá abordar o universo do movimento feminista, o assunto por si só já não me agrada muito porque não me sinto representada por esse movimento do jeito que ele é.

Mas o que mais me chamou a atenção, o que me deixou realmente indignada e que me faz ter a certeza de que esse tal movimento realmente não me representa, foi a fala de uma moça na chamada do programa. A tal moça abriu uma empresa de serviços de manutenção, dessas do tipo marido de aluguel, tipo aquela empresa da Pereirão, personagem da atriz Lília Cabral em uma novela da Globo, muito legal a iniciativa, ótimo saber que as mulheres estão conquistando espaço num universo até então totalmente dominado pelos homens, além de ser uma ideia bacana pois muitas mulheres realmente se sentirão mais à vontade, especialmente as que moram sozinha, embora eu mesma nunca tenha tido nenhum problema com esse tipo de serviço e não tenha problema algum em chamar homens pra isso.

Enfim, o problema é que a moça resolveu usar o pior meio de divulgação do seu trabalho ao dizer que todas as vezes que ela precisou de um serviço desse tipo e chamou um homem para realizá-lo ela teria sido assediada, não estou negando que existam homens que se aproveitem do fato de uma mulher estar sozinha em casa para fazer isso ou ainda homens que achem que porque quem o contratou foi uma mulher ele pode passar a perna no preço ou na qualidade do serviço, como se toda mulher fosse burra. Mas daí a dizer que todo homem que trabalha com manutenção, todo pedreiro, pintor, encanador são estupradores em potencial é o mesmo que dizer que toda empregada doméstica é ladra, aposto que se alguém dissesse isso em um programa de televisão daria início à terceira guerra mundial, mas pois é, eu tenho uma revelação a fazer, alguns seres humanos são desonestos e alguns trabalham como empregada doméstica e algumas pessoas tiveram o azar de contratar essas pessoas desonestas para trabalhar em suas casas e talvez essa moça tenha tido o mesmo azar ao contratar homens pra fazer algum tipo de serviço em sua casa.

Agora, o cara junta todo seu suado dinheirinho para abrir uma empresa honesta de manutenção, presta um serviço bacana, com qualidade, preços justos e respeito aos clientes para vir essa doente e denegrir a imagem do serviço dele só porque ele é homem?! Pra começar eu acho isso uma grande falta de respeito, muitos desses homens são pais de família, poderiam muito bem ser meu pai, meu tio, meu irmão e tenho certeza de que nenhum deles são estupradores em potencial. Até porque se formos pensar assim então não andaremos mais de táxi conduzidos por homens, não iremos a médicos homens, etc, o que essas mulheres querem, um mundo só de mulheres? Se depender delas então o mundo acaba porque ninguém mais vai procriar, é isso? Eu não quero isso, eu só quero respeito aos meus direitos, e sabe quais são os meus direitos? Os mesmos que os dos homens pois somos iguais, e é esse o tipo de luta que eu espero de um movimento feminista!

E como diria Reinaldo Azevedo #prontofalei

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O Choro é Realmente Livre

Muita gente tem elogiado o programa Master Chef Jr, pelo talento surpreendente das crianças na cozinha, claro, mas principalmente pela espontaneidade e cumplicidade entre elas, por mais que elas sejam competidoras entre si, elas se ajudam, trocam dicas, alimentos, etc. Vejo muita gente se questionando porque perdemos isso tudo quando nos tornamos adultos, sobretudo a capacidade de se colocar no lugar do outro e de sentir suas dores, eu concordo, não deveríamos mudar isso nunca em nossas vidas. 

Mas tem uma outra característica das crianças que, particularmente, tem me chamado a atenção, o choro. As crianças choram muito fácil, choram porque acham que não conseguirão finalizar o prato a tempo, choram porque acreditam que não realizaram a tarefa do jeito correto, porque seu prato está feio, etc, e todo mundo acha fofo, não é mesmo? Então porque na edição dos adultos quando os participantes choravam, quase que pelos mesmos motivos, todo mundo dizia que era frescura? Porque perdemos nossa capacidade de chorar? Ou pior, porque reprimimos  tanto nosso choro? 


Me lembro que uma vez, quando criança, devia estar na primeira série do ensino fundamental, estava chorando por ter feito alguma coisa errada na minha lição e uma professora me disse que se chorar resolvesse algum problema os adultos estariam todos chorando, sempre achei que isso tinha me ajudado a me tornar um adulto mais forte e que isso era uma coisa boa, mas hoje eu penso que não, porque isso me fez reprimir tantas lágrimas por medo de ser considerada fraca ou fresca. Besteira, pura baboseira da sociedade. 

Por isso que hoje eu sou a favor do choro livre, seja você homem, mulher, transsexual, não importa, se der vontade de chorar, chore, chore mesmo, como diriam os menudos (só entende quem tem mais de 30!), não se reprima. Chore de raiva do chefe, chore porque aquele cara com quem você estava adorando sair não quer mais sair com você, chore porque o pneu furou, porque seu time perdeu, porque seu time ganhou, porque o arroz queimou, porque a novela te emocionou, porque te deu vontade, simplesmente chore, porque ao contrário do que eu sempre pensei chorar não é sinal de fraqueza, chorar pode até parecer que não resolve nossos problemas, mas relaxa, alivia o estresse e te faz olhar para você mesmo com mais clareza e quem sabe até enxergar a solução para algum problema que tanto te incomoda (#ficaadica querida professora!).

Portanto, um brinde aos chorões, com muita água pra hidratar!





terça-feira, 7 de abril de 2015

O Mundo Está ao Contrário e Ninguém Reparou!

Ando tão triste com os rumos que as coisas estão tomando no nosso país, não sei nem se é exatamente essa a palavra, desanimada talvez seja mais adequado. É tanto mi mi mi por tudo e qualquer coisa, e por coisas que pra mim não fazem o menor sentido que eu estou me sentindo a própria Cássia Eller: "o mundo está ao contrário e ninguém reparou..." 

Outro dia, por exemplo, eu quase atropelei um motoboy de propósito porque ele estava na contramão, claro que eu não ia fazer isso, mas eu avancei um pouquinho com o carro só pra dar um susto nele, lógico que ele todo ofendido veio tirar satisfações e me disse: "vai passar por cima mesmo tia?!", eu só respondi: "você está na contramão!" E continuei meu caminho. Quando eu contei isso para algumas pessoas levei a maior bronca e ouvi coisas do tipo: "você é louca", "vai morrer", "não faz isso", etc. Realmente, depois fiquei pensando, já pensou se eu atropelo mesmo ele? Iam dizer, olha lá a Patricinha (sim, porque eu sou branca e loira e, como todo mundo sabe, automaticamente ryyyyyycccaaaa!) só atropelou o cara porque ele era pobre, não suporta pobres, coitadinho do pobre trabalhador, etc, etc, etc, mas ninguém ia querer saber que ele era um puta folgado, que estava andando pela contramão enquanto o farol não abria, desrespeitando a lei, é certo isso?! 

Entendem onde eu quero chegar? Será que não estamos dando poder demais para as pessoas erradas, ou, melhor dizendo, para os que querem fazer coisas erradas e estão se escondendo atrás de uma condição de vítimas pra isso? Até concordo que até bem pouco tempo havia um grande preconceito com os pobres, especialmente os negros, eram todos considerados marginais, se morava na favela era bandido, mas de repente migramos para o lado completamente oposto, como se todo pobre ou negro, ou gay, tivesse licença para fazer qualquer coisa, parece que ninguém mais quer saber do contexto. Ei, espera aí, toda pessoa antes de ser pobre, negra, branca, japonesa, homossexual, etc, é uma pessoa, logo, pode ser boa ou ruim e pode estar certa ou não. Para mim, ISSO é igualdade!

Como no caso recente do cantor Mano Brow, agora estão dizendo que a polícia foi truculenta com ele, será que foi mesmo? Espero sinceramente que ele não esteja fazendo isso, para que eu não perca totalmente a minha fé no ser humano, mas será que ele também não está se valendo desse mi mi mi pra se livrar de um erro que ele mesmo cometeu? 

E sabe o que é pior? É que as pessoas estão com medo, ninguém quer tocar no assunto com medo de ser considerado preconceituoso, ninguém quer ficar de fora do 'politicamente correto', sendo que fazer a coisa certa, ser honesto, seguir as regras, nada tem a ver com cor da pele, opção sexual ou classe social, tem a ver com o ser humano! Os motoboys, por exemplo, em sua grande maioria, salvo raras exceções, fazem o que querem no trânsito das grandes capitais, ah mas não vamos falar nada porque é perigoso, assim como não vamos falar nada pra pessoa que está sentada no lugar preferencial sem necessidade porque ela pode ficar brava, enfim, são pequenas coisas com as quais eu não consigo me conformar, ou eu me resigno e vivo triste, como estou me sentindo agora, ou eu vou morrer tentando mudar o mundo, ainda não decidi....

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Brasil Morreu! *

Sério, acabou, não tem mais jeito, fecha a conta e passa a régua!

Um país cuja uma nação não é capaz de levar a vida com a leveza contida numa ironia, que não é capaz de rir de si mesmo, que não entende o significado de uma piada e ainda vê maldade em tudo, não pode ter futuro. Não há como! Imagine todo mundo carrancudo vivendo seu dia a dia? Seria insuportável! Porque A Vida é Bela, por exemplo, é um filme brilhante? Porque não foi feito no Brasil senão teria sido duramente criticado... Porque não há melhor maneira de viver uma tragédia do que fazendo dela uma piada!

Mas porque isso agora? Em resposta as críticas ridículas a uma PI-A-DA feita pelo ator Alexandre Nero ao postar uma foto dele criança sentando nas costas de uma cabra. Pelamordedeus, foi uma piada! É óbvio que ele não pratica zoofilia e que ele não incentiva tal prática, ele só quis tornar pública uma piada que ele faria com um amigo, molecagem, ironia, leveza, tudo o que o nosso povo não sabe mais o que é! Ah, mas as pessoas não tem direito de não gostar da piada? Claro que tem! Mas não gostar da piada, entendendo que o que foi dito é uma piada, é uma coisa, massacrar o cara como se o que ele tivesse dito fosse sério é outra coisa bem diferente.

Outro dia estava vendo aquele programa The Voice e tinha uma cantora deficiente visual (jamais diga cega, a ditadura do politicamente correto não permite!), enfim, como eles dizem que praticam audições às cegas e era o segundo participante deficiente visual dessa edição do programa, eu pensei: “a Globo tá levando bem a sério esse negócio de audições às cegas!”, eu pensei, mas não tive coragem de publicar em lugar nenhum (a que ponto chegamos!) , era uma piada, uma ironia, um trocadilho com o mote do programa, você pode até não achar, mas eu achei engraçado, mas as pessoas iriam dizer que a deficiência visual é uma coisa muito séria, que as pessoas sofrem muito por isso, blá, blá, blá.... eu sei de tudo isso, tanto sei que eu sempre procuro ajudar quando possível, cegos, cadeirantes, idosos, etc, eu pratico o bem no meu dia a dia e repudio quem não faça o mesmo, não consigo ver um cego querendo atravessar uma rua e não me oferecer pra ajudar, por exemplo, mas sou capaz de fazer uma piada disso, ahhhh eu sou mesmo um monstro!

Meu conselho para uma vida mais leve, antes de postar, ou concordar com uma critica dura feita em alguma situação como essa, pense, mas pense bem, se você nunca, eu disse NUNCA, fez alguma piadinha semelhante junto aos seus amigos numa situação de lazer e pense também, reflita, se isso te tornou uma pessoa ruim. Agora, cara, se você não é capaz de tirar um sarrinho de nada, de nadinha mesmo, vai se tratar, pelo bem da humanidade!

Enfim, eu só tenho mais uma coisa a dizer:

Estudos revelam que pessoas bem humoradas são mais inteligentes: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/06/27/946492/pessoas-engracadas-so-mais-inteligentes-revela-estudo.html, tire suas próprias conclusões!

“...o humor tem a admirável função de deixar a vida mais leve e amenizar climas tensos. Há registros de que até os prisioneiros dos campos de concentração tiravam sarro dos nazistas. Afinal, quando algo de ruim acontece, nada melhor do que uma piada, certo?” – Fonte: Revista Super Interessante, Maio de 2009, link: http://super.abril.com.br/cultura/voce-ri-619365.shtml

*Aviso: Isso foi uma observação irônica, não haverá velório nem enterro!


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Classe "Mérdia"

Como eu já disse anteriormente eu não manjo nada de política, apesar de gostar sei que ainda tenho muito a aprender e confesso que não o faço por pura preguiça, mas sendo formada, pós graduada e curiosa como sou, acredito que tenha o mínimo de discernimento para formar alguma opinião a respeito do assunto.

Muito se tem falado ultimamente sobre a elite, já até escrevi sobre isso, sobre essa separação ridícula entre pobres e ricos, mas esse, para mim, é um assunto que nunca se esgota, especialmente agora, com o resultado das eleições, tenho lido muitas coisas bizarras e absurdas do tipo: os empresários estão reclamando da carga tributária porque não querem que 0,45 centavos sejam destinados ao bolsa família, os ricos não estão nem aí para os pobres, o que eles querem é beber champanhe e viajar para Paris, entre outras coisas muito mais ridículas, e aí eu fico aqui como uma formiguinha no meio de um monte de elefantes querendo ser ouvida, gritando: ei, eu tô aqui!

Sim, estamos aqui, a classe "merdia", como diria meu saudoso e muito perspicaz pai, pode ser realmente que a vida esteja muito boa para quem tem muita, mas muita grana, para os ricos de verdade, pode ser realmente que eles não estejam nem aí para a miséria do país, até mesmo porque eles podem se mudar do país a qualquer momento e no final realmente não são eles que pagam a conta, quem realmente paga essa conta e sempre pagou nesse país somos nós, aqueles que não tem direito ao tal bolsa família ou subsídio nenhum do governo porque ganham a imensa fortuna de 2000, 2500 reais por mês, e com essa fortuna nós temos que pagar o aluguel, comprar comida, pagar a conta de luz, impostos, e, ah uma escola particular para os nossos filhos porque não temos coragem de deixar a criança nas mãos de uma escola pública.

Ah, não terminei ainda, essa pessoa tem carro também, mas só usa de final de semana pra economizar, então durante a semana essa pessoa pega ônibus e metrô lotados e quando reclama da falta de educação das pessoas a sua volta ainda sofre preconceito, por se vestir bem e ter cara de "Patricinha" / "Mauricinho" as pessoas pensam que ela não está acostumada a usar o transporte público, sim, temos que aguentar mais essa. Pensa que é só? Não, eu ainda não acabei, essa pessoa ainda tem que dar um jeito de pagar um seguro e colocar um insulfilm no seu carro porque a qualquer momento pode vir uma "vítima da sociedade" e assaltá-la, levando tudo aquilo que ela conquistou com trabalho e honestidade.

Fácil né? Não, mas eu não tenho direito de dizer nada disso. Alguns adeptos do socialismo esquerdopata que tomou conta do nosso país vão dizer que eu estou errada, que eu não gosto de pobre, que eu não sei o que é ser miserável, não, felizmente, realmente não sei o que é ser miserável, mas sei o que é ser mágica, o que já é bem difícil. Não sou contra programas sociais, acredito que muitas pessoas na extrema pobreza realmente precisem de uma ajuda pra começar uma vida digna, mas sou totalmente contra a dependência das pessoas a esses programas, e se essa dependência só cresce ao invés de diminuir é porque tem alguma coisa muito errada! 

Enfim, não sou rica, não sou elite, sou branca mas estudei a vida toda em escola pública, como muitos outros brancos, e por isso sou totalmente contra cotas por raça, porque aliás, racista é quem classifica as pessoas dessa forma, negros, brancos, japoneses, gays, lésbicas, evangélicos, católicos, umbandistas, somos todos iguais e a única coisa que eu quero é um governo, um país, um povo que não me rotule, que não pregue o ódio entre as pessoas! 

Aliás, cuidado com o seu ódio porque a próxima vítima dele pode ser você! 



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Amor que não se mede...

Não me lembro exatamente quando, nem como o nosso amor começou, meu pai era palmeirense mas nunca foi um torcedor fanático, nunca me levou ao estádio, bom, na realidade ele não me levava por eu ser mulher, ele morria de medo, não queria nem que eu comprasse uma camisa do time, tinha medo de brigas, dessa ignorância que infelizmente existe muito por aí, mas eu não me aguentei, a paixão pelo Verdão falou mais alto, e na minha adolescência consegui juntar um dinheirinho aqui, outro ali e um belo dia fui ao shopping escondida e comprei minha primeira camisa, linda, da era Parmalat. A camisa era número 9, do Evair (apesar da minha paixão pelo Edmundo!) e hoje está autografada pelo grande zagueiro (grande mesmo...rsrs..) Cléber.


Na realidade meu pai era um pouco machista, filho de italianos, de outra geração, enfim, acho que ele não acreditava que uma menina, uma mulher, pudesse gostar tanto de futebol, mas foi surpreendido por uma garota mais apaixonada do que o irmão. Me lembro de quando o Palmeiras foi rebaixado pela primeira vez, eu acreditei até o fim e ficava muito brava quando ele que, já prevendo meu sofrimento futuro, tentava a qualquer custo me fazer enxergar o inevitável.

Já sofri muito pelo Palestra, é verdade, mas também já tive muitas alegrias. Tive a sorte de viver a era Parmalat, de ficar encantada com nosso “dream team”, já torci muito pela garra do Edmundo (Animal!), pelo talento do Evair, pela irreverência do Amaral, grande Amaral. Tive a sorte de ver o Marcão jogar e virar santo pegando tantos pênaltis. Comemorei a última conquista da Copa do Brasil, em 2012 (viu, nem faz tanto tempo!) na Paulista, mesmo sabendo que tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Já fiquei com a pressão alta vendo jogo, fui ao Pacaembu me despedir de São Marcos, etc.


É tanto amor pelo Palmeiras que quando eu vejo alguém com a camisa do Verdão na rua eu tenho vontade de cumprimentar a pessoa como se ela fosse da família, e nesse momento, confesso que eu também tenho vontade de abraçá-la e dizer: tamô junto!

Enfim, esse post é pra comemorar o centésimo aniversário do Palmeiras, é claro que eu gostaria de comemorar essa data numa situação melhor, mas de qualquer forma estamos falando de 100 anos de história, de lutas e de glórias, estamos falando da equipe brasileira com o maior número de títulos de abrangência nacional conquistados, sendo o único a vencer todas as competições oficiais criadas no país que disputou. E isso é história, isso jamais se perderá!

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível” - Joelmir Beting.

Parabéns meu Verdão!

Palmeiras minha vida é você!