segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Amor que não se mede...

Não me lembro exatamente quando, nem como o nosso amor começou, meu pai era palmeirense mas nunca foi um torcedor fanático, nunca me levou ao estádio, bom, na realidade ele não me levava por eu ser mulher, ele morria de medo, não queria nem que eu comprasse uma camisa do time, tinha medo de brigas, dessa ignorância que infelizmente existe muito por aí, mas eu não me aguentei, a paixão pelo Verdão falou mais alto, e na minha adolescência consegui juntar um dinheirinho aqui, outro ali e um belo dia fui ao shopping escondida e comprei minha primeira camisa, linda, da era Parmalat. A camisa era número 9, do Evair (apesar da minha paixão pelo Edmundo!) e hoje está autografada pelo grande zagueiro (grande mesmo...rsrs..) Cléber.


Na realidade meu pai era um pouco machista, filho de italianos, de outra geração, enfim, acho que ele não acreditava que uma menina, uma mulher, pudesse gostar tanto de futebol, mas foi surpreendido por uma garota mais apaixonada do que o irmão. Me lembro de quando o Palmeiras foi rebaixado pela primeira vez, eu acreditei até o fim e ficava muito brava quando ele que, já prevendo meu sofrimento futuro, tentava a qualquer custo me fazer enxergar o inevitável.

Já sofri muito pelo Palestra, é verdade, mas também já tive muitas alegrias. Tive a sorte de viver a era Parmalat, de ficar encantada com nosso “dream team”, já torci muito pela garra do Edmundo (Animal!), pelo talento do Evair, pela irreverência do Amaral, grande Amaral. Tive a sorte de ver o Marcão jogar e virar santo pegando tantos pênaltis. Comemorei a última conquista da Copa do Brasil, em 2012 (viu, nem faz tanto tempo!) na Paulista, mesmo sabendo que tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Já fiquei com a pressão alta vendo jogo, fui ao Pacaembu me despedir de São Marcos, etc.


É tanto amor pelo Palmeiras que quando eu vejo alguém com a camisa do Verdão na rua eu tenho vontade de cumprimentar a pessoa como se ela fosse da família, e nesse momento, confesso que eu também tenho vontade de abraçá-la e dizer: tamô junto!

Enfim, esse post é pra comemorar o centésimo aniversário do Palmeiras, é claro que eu gostaria de comemorar essa data numa situação melhor, mas de qualquer forma estamos falando de 100 anos de história, de lutas e de glórias, estamos falando da equipe brasileira com o maior número de títulos de abrangência nacional conquistados, sendo o único a vencer todas as competições oficiais criadas no país que disputou. E isso é história, isso jamais se perderá!

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível” - Joelmir Beting.

Parabéns meu Verdão!

Palmeiras minha vida é você!


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Polícia para quem? Para mim, para você, para todos!

Acabei de ver uma notícia na TV que me fez pensar mais uma vez numa coisa que eu venho pensando já há algum tempo, onde foi parar a nossa educação? 

No caso em questão uma PM disparou contra um senhor que, segundo testemunhas, estava apenas pedindo calma, de acordo com a PM ela não tinha a intenção de atirar no senhor, foi um acidente e eu acredito, sabe porque eu acredito? Porque nesse mesmo vídeo podemos ver uma imensa confusão de pessoas atrapalhando o trabalho da polícia, e, pasmem, uma garota dando um chute, sim, um chute na PM. Gente, o que é isso? Pensem, então você, profissional de qualquer outra área, um bancário, por exemplo, está lá fazendo seu trabalho e uma pessoa chega e te agride, que mundo é esse em que ninguém mais respeita ninguém? 

Assisto as vezes aquele programa Polícia 24hs e o que pode parecer até engraçado a princípio, é triste se a gente parar pra pensar, as pessoas chamam a polícia por qualquer coisa, brigas de irmãos, briga de marido e mulher, bagunça de molecada, etc, e acham que os policiais tem obrigação de ser psicólogos, e o pior que os caras são, deixam de atender muitas vezes um caso muito mais grave, pra ir lá dizer pro machão que não se bate em mulher. E aí, além das pessoas não saberem mais resolver seus problemas sozinhas ainda ficam criticando a polícia.

A molecada reclama que é parada pela PM e tudo hoje em dia é preconceito, mas vocês já repararam que a moda hoje é se vestir como bandido? É bonito ser maloqueiro, até o Neymar se veste assim. Não é preconceito, eu só não entendo que moda é essa, na minha época (sim, sou velha, e daí?) a gente conseguia distinguir um "maloqueiro" de um moleque "normal", mesmo os dois sendo igualmente pobres, eu estudei em escola pública, sempre andei de ônibus, sei o que estou dizendo, os que não prestavam tinham um linguajar próprio, uma roupa própria, um jeito próprio, e hoje em dia não, a molecada acha que é bonito parecer bandido, falar errado e desrespeitar autoridades, então me desculpem, mas PM não vem com detector de bandidos, enquanto se comportarem assim a PM será obrigada a parar vocês ou isso aqui vai virar um zona maior ainda, não quer ser confundido com um bandido, não se vista nem se comporte como um. E digo mais, quando a polícia parava um moleque ele baixava a cabeça e respeitava a autoridade policial, assim como respeitava os pais, os professores e os mais velhos e hoje ninguém respeita ninguém.

Concordo que tem muita coisa errada na polícia, assim como tem muita coisa errada em qualquer outra área, mas não acredito que seja maioria e sou capaz de me colocar no lugar desses policiais que deixam a família em casa pra ir trabalhar, ganhando tão pouco pra correr todos os riscos que eles correm e ainda aguentar todo esse desrespeito, não sou a favor de sair atirando primeiro e perguntar o nome depois, não é isso, mas defendo o direito de defesa de qualquer cidadão e isso inclui um policial, defendo que toda história tem três lados, antes de sair por aí julgando e generalizando. 

Há quem diga que o problema é que as pessoas perderam a credibilidade no trabalho da PM, mas para mim nessa via de mão dupla quem se perdeu foi o cidadão, mais do que falta de credibilidade, falta mesmo é respeito e educação. E há de chegar um momento em que não teremos mais policiais ou pior, só sobrarão os maus policiais já que os bons não conseguem trabalhar e aí eu te pergunto, isso é interessante para quem? Fácil defender o bandido até mexerem com a sua família, você já parou pra pensar nisso?